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quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A dificuldade do tratamento da obesidade


Tratar um paciente com excesso de peso parece simples, mas não é. “Basta fechar a boca” – esta é uma expressão que ouvimos frequentemente da população leiga, de muitos médicos e (pasmem!) até de alguns colegas endocrinologistas.
O conhecimento das diferenças genéticas entre os pacientes, diferenças que fazem com que uns ganhem ou percam peso com mais facilidade do que outros, é crescente. A genética determina nossos apetites, nossa disposição para realizar atividades físicas, a facilidade com que acumulamos gordura e a capacidade de queimar essa gordura no processo de emagrecimento. Hoje estima-se que 70% da propensão a ganhar peso têm origem genética.
Por isso, não existe uma estratégia única que vale para tratar todos os pacientes. Tudo é individualizado e a expressão “cada caso é um caso” tem máxima aplicabilidade nesta área da Medicina.
A orientação nutricional é individualizada e busca corrigir erros, que são individuais. A atividade física também é individualizada já que muitos pacientes podem ter contraindicação a um ou outro tipo de exercício. A prescrição de um ou mais medicamentos, quando indicados, também é individualizada e visam a correção de hábitos errôneos e transtornos alimentares que são particulares a cada um. Até mesmo o tratamento mais radical, a cirurgia bariátrica, que em muitos casos é a única alternativa, deve ser avaliada com muito critério, pois não existe uma única técnica que seja ideal para todos os pacientes.
Por isso, não há “receita mágica”, não há “dieta perfeita” nem “pílula milagrosa”. Fuja de promessas mágicas. A única coisa que vale para todos é a mudança do estilo de vida – mas, ainda assim, a forma de fazer essa mudança é individual.

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